sábado, 27 de julho de 2013

A sujeição na prática – Efésios 5.21-6.9

 
 
 
Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não sejam como insensatos, mas como sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus. (Efésios 5.15-16).
No último post nós falamos que Paulo nos fornece três imperativos de como viver uma vida segundo a vontade de Deus, e então nós comentamos sobre o primeiro imperativo que diz: “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” (5.18). Hoje nós vamos falar um pouco sobre o segundo imperativo para vivermos segundo a vontade de Deus, e ele se encontra no capítulo 5.21:
Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo.
Paulo nos ensina que umas das práticas que devemos aprender enquanto vivemos aqui neste mundo é a prática da SUJEIÇÃO.  Calvino diz que onde reina o amor, aí também se prestarão serviços mútuos. Mas o que é sujeição? – Segundo o Dicionário Aurélio, sujeição é o ato de dependência, submissão. Também pode ser interpretado como “obediência voluntária”, e demonstra humildade.
Mas segundo João Calvino, a sujeição é algo oposto ao espírito humano. A Queda (Gênesis 3) nos tornou escravos do egoísmo. Somos pecadores e por nós mesmos não gostamos e nem desejamos nos submeter a quem quer se seja. É por isso que Paulo desperta nossa lembrança para o temor de Cristo (sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo (5.21). Cristo é “o único que pode domesticar nossa impetuosidade, para que não nos desvencilhemos do jugo; e subjuga nosso orgulho, para que não nos envergonhemos de servir a nosso semelhante.” (Calvino em seu comentário de Efésios). E Paulo neste momento nos aponta uma nova atitude, uma maneira de viver segundo a vontade de Deus, uma prática que só é possível através de Cristo Jesus e que nós só fazemos por temor ao próprio Cristo, e esta é a prática da sujeição.
O apóstolo Paulo nos ordena a praticar a sujeição por temor a Cristo e ele nos mostra como isso funciona na prática, em três esferas de nossas vidas: no matrimônio (esposo e esposa), na família (pais e filhos), e no trabalho (senhores e servos). E encontramos instruções sempre para as duas partes, nunca para uma parte apenas. Existe instrução tanto para a esposa, como para o esposo, tantos para os filhos como para os pais, tanto para os servos como para os senhores.
A esposa deve ser submissa ao marido, deve render obediência a ele, mas o marido também deve amar sua esposa e a tratar não com autoritarismo, mas com carinho, e se entregar por ela. O relacionamento entre marido e mulher deve ser como o relacionamento de Cristo e a igreja. A Igreja se submete à Cristo não porque ele é autoritário mas porque Ele ama sua Igreja a ponto de se entregar na cruz por ela. Cristo tem toda autoridade sobre a Igreja e a trata com amor. Assim deve ser o relacionamento entre a esposa e o esposo.
Da mesma maneira, os filhos devem ser submissos a seus pais, devem se sujeitar a eles e obedecê-los porque Cristo estabeleceu esta hierarquia. Paulo faz uma citação de Deuteronômio 5.16 para mostrar que esta ordem vem desde os tempos de Moisés: “Honra teu pai e tua mãe para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra”. A vontade de Deus para os que são filhos é que eles se sujeitem aos pais com respeito, obediência e amor. Mas também existe uma instrução aos pais: “Não irritem seus filhos, antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor” (6.4). Pais, não levem seus filhos à ira, mas eduquem-nos segundo a Palavra de Deus. Calvino afirma que o “tratamento bondoso conserva a reverência dos filhos para com seus pais, e aumenta a prontidão e a alegria de sua obediência; enquanto que uma severidade austera e inclemente suscita sua obstinação e destrói seu senso de dever.” Mas ele também afirma que essa bondade deve ser “temperada”, “afim de conservá-los na disciplina do Senhor, e corrigi-los também quando se desviarem”.
E por último, Paulo trata sobre o relacionamento entre servo e senhor, patrão e empregado. O servo deve obedecer ao seu senhor com respeito e temor, com sinceridade de coração, como se estivesse obedecendo a Cristo. Paulo ensina que o empregado deve servir ao seu patrão de boa vontade, como servindo ao Senhor, e não aos homens. Essa é a vontade de Deus. Hoje em dia, a condição de empregado é muito mais tolerável do que na época em que Paulo escreveu, mas o princípio é o mesmo. É Deus quem determina e regula a sociedade. É Deus quem coloca tudo no seu devido lugar, tanto o patrão com o empregado, portanto, o que Paulo nos motiva é a servir de boa vontade, como se estivéssemos servindo ao próprio Deus. Assim também, o patrão deve tratar o empregado, com respeito, não os ameaçando e nem os tratando mal. Pois Deus é o Senhor tanto do patrão com do empregado, tanto do servo como do senhor, tanto do escravo como do livre. O que Paulo recorda aqui é que, enquanto os senhores dominam sobre seus servos, eles também têm o mesmo Senhor no céu, a quem deverão prestar contas.
O que aprendemos aqui é que se quisermos viver a vontade Deus, além de deixar ser cheio do Espírito Santo, é necessário uma nova atitude para com o próximo, e a prática da sujeição é uma ótima maneira de começar.

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